Pesquisadores estabilizam proteínas a partir da resistência bacteriana

Nova técnica promete aumentar a utilidade prática das proteínas otimizando seu uso em medicamentos e pesquisas

Pesquisadores das Universidades de Michigan e de Leeds criaram uma estratégia para estabilizar proteínas específicas, ligando a sua estabilidade à resistência das bactérias aos antibióticos. Segundo informaram os pesquisadores o método é importante visto que as proteínas estão envolvidas na manutenção de tecidos e na regulação dos processos celulares.

"O objetivo foi fornecer uma maneira fácil de reforçar muitas proteínas e, através disso, aumentar a sua utilidade prática", explicou James Bardwell, professor de biologia molecular.

Na nova abordagem, os pesquisadores descobriram que quando uma proteína é inserida no meio de um marcador de resistência a antibióticos, a resistência bacteriana ao antídoto torna-se dependente de quão estável está a proteína que foi inserida. Isto permitiu aos cientistas facilmente selecionarem as mutações estabilizadoras das proteínas, utilizando um teste simples de vida ou morte para o crescimento bacteriano em antibióticos. As mutações que os cientistas identificaram apresentaram proteínas mais resistentes ao desdobramento.

"Este método também permitiu-nos vislumbrar o motivo pelo qual as proteínas podem precisar de ser menos estáveis", disse Linda Foit, estudante de pós-graduação que iniciou o trabalho. "As mutações que encontramos para aumentar a estabilidade do nosso modelo de proteína são, na sua maioria, em áreas-chave relacionadas com a função da proteína, sugerindo que esta pode precisar ser flexível e, portanto, marginalmente estável, a fim de trabalhar. Pode ser que, ao longo do curso da evolução, a seleção natural atue para otimizar, ao invés de maximizar a estabilidade da proteína", concluiu.

Retirado de: https://www.isaude.net/pt-BR/noticia/3719/ciencia-e-tecnologia/pesquisadores-estabilizam-proteinas-a-partir-da-resistencia-bacteriana